Atleta teve exame suspeito baseado no passaporte biológico e está fora das competições
O queniano Rhonex Kipruto, atual recordista mundial dos 10 km (26:24 - Valência 2020) foi suspenso temporariamente das competições pela AIU (Athletics Integrity Unit) por ter exame suspeito baseado no protocolo de passaporte biológico. O atleta ainda tem direito a fazer a sua defesa, mas caso não consiga ter justificação plausível, será suspenso por um tempo ainda a ser determinado pela regras da World Athletics.
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Como funciona o passaporte biológico? Todos os exames antidoping feitos pelos atletas, seja em competição ou fora de competição, são armazenados para que se estabeleça um padrão. Caso um novo exame antidoping que mostre alguma alteração que chame a atenção dos examinadores, o atleta é suspenso por suspeita de doping. A última competição de Kipruto foi na Alemanha, em evento só para atletas Adidas, o Adizero Road to Records, e ele foi o 4º colocado nos 10 km. Não há como saber se foi nessa competição em que o seu exame de sangue foi detectado como alterado.
O passaporte é importante por ter sido uma resposta das entidades antidoping para a máxima de que doping sempre está na frente do antidoping.
Fazia muito tempo que um atleta queniano de altíssimo calibre como o de Rhonex Kipruto não era suspenso. E isso não ajuda em nada o Quênia, país que já se viu ameaçado de ser banido temporariamente das competições internacionais no final de 2022, pelo altíssimo número de atletas sendo ou suspensos ou banidos recentemente. Só não o foi, pois rolou uma conversa entre a World Athletics e federação queniana em que a útima se propôs a endurecer o controle anti-doping no país.
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O que é a AIU (Athletics Integrity Unit): É uma entidade que segue as regras da World Athletics para o antidoping, mas que é totalmente independente da WA para quenão aconteça de haver interferências de quaisquer federações ou ações de atletas em seu trabalho. Mais informações aqui.