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Foto do escritorSergio Rocha

Acabou aquela história de médico prescrever anabolizantes e "chips da beleza" indiscriminadamente

O Conselho Federal de Medicina publicou resolução que proíbe médicos de prescrever anabolizantes tanto para fins estéticos como esportivos

Finalmente chegou ao fim (ao menos oficialmente) aquele lance do sujeito tomar anabolizantes ou da menina falar que colocou o tal "chip da beleza" por recomendação e acompanhamento médico. O CFM (Conselho Federal de Medicina) publicou uma resolução proibindo essa prática. Segue:


"São vedados no exercício da medicina, por serem destituídos de comprovação científica suficiente quanto ao seu benefício e segurança para o ser humano, o uso e a divulgação dos seguintes procedimentos:

  • utilização em pessoas de qualquer formulação de testosterona sem a devida comprovação diagnóstica de sua deficiência, excetuando-se situações regulamentadas por resolução específica

  • utilização de formulações de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos com a finalidade estética

  • utilização de formulações de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos com a finalidade de melhora do desempenho esportivo, seja para atletas amadores ou profissionais

  • a prescrição de hormônios divulgados como “bioidênticos”, em formulação “nano” ou nomenclaturas de cunho comercial e sem a devida comprovação científica de superioridade clínica para a finalidade prevista na resolução

  • a prescrição de moduladores seletivos do receptor androgênico (Sarms), para qualquer indicação, por serem produtos com a comercialização e divulgação suspensa no Brasil

  • a realização de cursos, eventos e publicidade com o objetivo de estimular e fazendo apologia de possíveis benefícios de terapias androgênicas com finalidades estéticas, de ganho de massa muscular (hipertrofia) ou de melhora de performance esportiva."

Essa atitude do CFM veio depois do pedido de várias entidades médicas para essa prática fosse regulamentada.


A OPINIÃO DO CORRIDA NO AR

Achamos que o CFM agiu de maneira correta exatamente por não haver garantias de que os pacientes terão benefícios reais e do uso ter se espalhado rapidamente com a suposta segurança de ter um médico por trás disso tudo. O uso indiscriminado, mesmo sob "orientação médica", estava gerando distorções no esporte amador e não era raro vermos pessoas mudarem de rendimento de uma hora para a outra. A proibição não garante que deixaremos de ver médicos receitando ou mesmo estimulando o uso, mas agora todos nós sabemos que será algo proibido pelo CFM e sujeito a sançõs da entidade.


Leia mais na Folha de São Paulo:


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